9 de mai. de 2012

*Ética no Cluster

Coisas que não se deve fazer em um DX Cluster



## “Ética e procedimento Operacional para o Radioamador” (IARU) ##

· Auto Spotting
- Um anúncio pessoal para todo mundo dizendo: Estou aqui nesta frequência, por favor, me chamem.
- Não precisa de explicação, não é coisa que se faça no radioamadorismo. Se quiser fazer QSOs, chame CQ ou responda as estações que chamam CQ.
· Auto Spotting disfarçado
- Ex: Termina de trabalhar uma estação que respondeu ao seu ”CQ”, e spota essa estação que esteva lá, mas já mudou de frequência após o termino do QSO. Esse spot não acrescenta nada para a comunidade DX, dado que a estação DX foi embora, mas ao mesmo tempo atrai uma mão cheia de DXers a sua frequência, esperando que isso te ajude a trabalhar mais estações. Essa prática torna os DXers nervosos.
· Auto Elogio (Bragging)
- Um spot não serve para dizer ao mundo quão bom você é: Não spote uma estação DX cujo spot já havia sido feito mais de uma vez. Nesse caso você não esta anunciando a estação DX, apenas esta se auto elogiando e dizendo ao mundo o quanto você é bom.
· Usar o DX Cluster como um canal de Chat global (MSN).
· Colocar uma mensagem privada como spot.
· Fazer o spot de um amigo.
· Pedir a um amigo para fazer um spot seu.
· Usar o indicativo de outro no DX Cluster.
Partes retiradas do Manual da IARU “Ética e procedimento Operacional para o Radioamador”.
Mais detalhes em: HAM OPERATING ETHICS

15 de dez. de 2011

*QRP

No radioamadorismo, QRP é a modalidade que tem por objetivo estabelecer comunicação
bilateral utilizando potência abaixo de 10 Watts.
É uma modalidade que exige dedicação especial do praticante, já que nescessita-se de
experimentações do sistema irradiante (antena), como também do aparelho (emissor receptor) propriamente dito, visando contatos com maiores distâncias.

Muitos dos nossos equipamentos vem com a  possibilidade de redução da potência de

emissão para níveis compativeis com o QRP mas o verdadeiro QRPista monta seu próprio
equipamento, o qual pode ser acondicionado inclusive dentro de uma lata de sardinhas.
Como nas demais modalidades radioamadorísticas, existem vários contestes para os
praticantes do QRP. Em abril de 2009 nos dias 18 e 19, por exemplo, acontece o EA QRP
Contest onde a categoria esta dividida em QRP cuja potência máxima não deve ultrapassar
5 watts e QRPp onde a potência máxima utilizada deve ser de 1 watt. Maiores informações
em: http://www.eaqrp.com/concurso/test_eaqrp_cw-es.htm 
Existem muitos sites que se dedicam a esta  categoria e não só isto podemos encontrar
publicações internacionais dedicadas ao QRP. Em muitos países esta prática vem se
desenvolvendo de forma impressionante e como muitos diriam, na contra-mão do
desenvolvimento. Mas ser radioamador também  é isto, voltar a prática da montagem dos
próprios equipamentos e ter prazer em  cada contato, em cada QSL recebido em sua
operação QRP.

No Brasil não é diferente, existem muitos praticantes e amantes do QRP. Embora muitos

tenham a idéia que QRP não exista no Brasil, eu me incluía entre estes, mas estava
enganado, agora não penso mais somente em QRO (que é o oposto do QRP). Temos no
Brasil inclusive grupos de discussão  sobre o assunto. Um deles está em:
http://br.groups.yahoo.com/group/QRP-BR/

22 de mar. de 2011

*Antena Yagi-Uda





    1. Introdução
    2. As antenas Yagi-Uda são muito utilizadas nas faixas de frequência HF (3 - 30 MHz), VHF (30 - 300 MHz) e UHF (300 - 3000 MHz). Desde que foi apresentada pela primeira vez em 1927 por S. Uda, este tipo de antena foi sujeita a um trabalho exaustivo, analítico e experimental. A antena Yagi-Uda é constituída por um dipolo activo, excitado directamente pela linha de transmissão, e dipolos parasitas cujas correntes são induzidas por acoplamento mútuo. A direcção de máxima radiação é segundo o eixo da antena e é imposta pelos dipolos parasitas directores e reflectores colocados respectivamente à frente e atrás do dipolo excitador.
      O objectivo final deste trabalho é fazer o dimensionamento de uma antena Yagi-Uda para operar no canal 9 (203-209 MHz). A análise e optimização da antena dimensionada será feita utilizando o programa MMAna.
    3. Procedimentos



2.1 Dimensionamento de um dipolo de meio comprimento de onda

a) Com o objectivo de se familiarizarem com o programa MMAna vai-se começar por fazer o dimensionamento de um dipolo de meio comprimento de onda também a funcionar no canal 9. Ele é constituído por tubo de alumínio de 0,8 cm de diâmetro. Coloque-o paralelo ao eixo dos z's. Corrija o seu comprimento de forma que ele se torne ressonante controlando o valor da impedância de entrada.

b) Obtenha os diagramas de radiação nos planos E e H.

c) Obtenha o seu ganho face ao radiador isotrópico e compare-o com o valor obtido teoricamente.

d) Divida por dez o diâmetro do condutor utilizado e repita as alíneas a), b) e c). Comente as diferenças encontradas.

2.2 Experiências com uma antena Yagi-Uda de 3 elementos

a) Geometria: seja uma antena Yagi-Uda com apenas 3 elementos (veja a Figura 1), operando no canal 9. O reflector tem comprimento L1=0.520l, o excitador tem comprimento L2 = 0.500l e o director tem comprimento L3 = 0.467l. A distância entre o reflector e o excitador é d12 = 0.250l e entre o excitador e o director é d23 = 0.200l. Todos os elementos utilizam tubo de alumínio de 0,8 cm de diâmetro. Utilize pelo menos 10 segmentos por elemento e ponha a fonte de tensão no centro do excitador. Analise esta antena entre os 206 e 209 MHz. Guarde as principais características (para futuras comparações) sobre a directividade, razão frente/verso e impedância de entrada. Em particular, note que a directividade decai muito rapidamente após atingir seu valor máximo (uma característica quase sempre presente em antenas Yagi e que requer especial atenção no seu dimensionamento).
Figura 1: Antena Yagi-Uda de 3 elementos.

b) Variação do Comprimento do Director: diminua L3 para 0.450l e repita a análise anterior. Depois, repita tudo com L3 = 0.484l. Repare que o comprimento do excitador influi em todas as características da antena. Em particular, repare que a frequência correspondente ao máximo de directividade tende a aumentar na medida em que L3 diminui (desde que as variações de L3 não sejam exageradas).
Após o projecto inicial (por exemplo, com o auxílio de um ábaco apropriado), analisa-se a directividade obtida ao longo da faixa de operação. Geralmente, observa-se o comportamento exemplificado pela Figura 2 (linha cheia). Caso a directividade mínima exigida para a faixa tenha sido violada no extremo superior da faixa, diminui-se lentamente os comprimentos dos directores na tentativa de deslocar o máximo de directividade para uma frequência mais alta (linha tracejada) e com isso satisfazer a directividade exigida. As distâncias entre directores e entre o director e o excitador também afectam as características eléctricas da antena Yagi.

c) Variação do Comprimento do Reflector: partindo da geometria inicial (ou seja, ignore as alterações efectuadas no item anterior), diminua L1 para 0.513l e repita a análise. Depois, repita tudo para L1 = 0.527l. Repare que, apesar da pequena variação de L1, o comprimento do refector influi consideravelmente na razão frente/verso. Porém, a sua influência na directividade não é significativa (em antenas Yagis com diversos directores, a influência do reflector na directividade é ainda menor). Logo, uma vez especificadas as dimensões relacionadas aos directores de forma a obter a directividade exigida, varia-se o reflector (tanto o seu comprimento quanto a sua distância até o excitador) na tentativa de melhorar a razão frente/verso ao longo da faixa de operação.
Figura 2: Variação típica da diretividade da antena Yagi-Uda ao longo da
faixa de operação: diretores maiores (linha cheia) e menores (linha tracejada).

d) Variação do Comprimento do Excitador: a partir da geometria inicial diminua L2 para 0.480l e analise a antena. Repita a análise, agora com L2 = 0.517l. Repare que a variação de L2 basicamente altera apenas a impedância de entrada da antena. Geralmente L2 é alterado no final de um ciclo de optimização para tentar o ajuste fino da impedância de entrada da antena, já que a variação não exagerada do comprimento do excitador pouco altera a directividade e a razão frente/verso da antena Yagi.

2.3 Dimensionamento de uma antena Yagi-Uda

a) Vamos por fim dimensionar uma antena Yagi-Uda que satisfaça os seguintes requisitos apresentados:
Antena Yagi-Uda para operar no canal 9 (203-209 MHz) com um ganho mínimo de 10 dBd e com uma variação máxima de 2 dB na faixa de frequência referida acima. Esta antena é para recepção de sinal de TV em que o nível de impedância é de 75W. O COE (coeficiente de onda estacionária) máximo na faixa de operação não deve ser superior a 1.5. A relação frente/verso deve ser superior a 20 dB. Todos os elementos da antena utilizam tubo de alumínio de 0.8 cm de diâmetro.

b) O dimensionamento inicial da antena deve ser obtido utilizando as regras apresentadas nos acetatos. Nomeadamente deve ser obtido:
. número N de elementos da antena (1 reflector, 1 excitador, N-2 directores)
. comprimentos dos elementos e distâncias entre eles

c) Optimização do projecto inicial de forma a satisfazer as especificações podendo ser utilizadas as possibilidades de optimização disponibilizadas pelo programa MMAna.